23.5.08

Professor do futuro

Ler, pensar e escrever
Gabriel Perissé
"Para ensinarmos um aluno a inventar precisamos mostrar-lhe que ele já possui a capacidade de descobrir" (palavras do filósofo-poeta Gaston Bachelard).
O professor, como os artistas, provoca o amor pelo conhecimento, um amor que já existia em nós, mas estava adormecido.
O professor, como os profetas, desencadeia um processo de descoberta pessoal que, por sua vez, ativa nosso poder criador.
Desencadear é retirar o cadeado.
O professor liberta seu aluno. E os melhores alunos largam as mãos do mestre, depois de descobrir sua capacidade de andar sozinhos, de correr sozinhos, de voar mais alto.
Muitos estudantes andam presos, e por isso deixam de andar. Estão paralisados pelo medo, pela falta de horizontes. Estão perplexos, olhando sem ver, ouvindo sem escutar, falando sem dizer, lendo sem entender, escrevendo sem pensar.
Muitos estudantes estão na cadeia do desânimo, não sabem abrir caminhos com a força dos seus passos.
Muitos estudantes são vítimas de uma reação em cadeia. Não agem, só reagem. Mal se defendem do mal. Passam de ano sem passar. Passam sem pensar. São passados para trás. Sem saber por quê, e por quem. Passam mas não ficam. Ou passam e continuam presos ao passado.
O professor do futuro (e do sempre) deve ensinar, no presente, não o método que passa (e até faz passar...), mas a alma que permanece.
Deve ensinar, não a única resposta certa em meio à múltipla desescolha, mas a capacidade de cometer erros criativos, de ver que um fracasso, didaticamente, vale mil sucessos.
Ensinar, não a opção correta, a única porteira pela qual a boiada passa, de cabeça baixa, para o matadouro, mas a coragem de pular no escuro (se for preciso), e com os olhos abertos.
Transmitir, não o conhecimento mastigado, a ração, mas despertar no aluno a vontade de mastigar por conta própria, de usar a razão, de saborear conhecimentos tradicionais e inéditos.
O professor do futuro ensina, não o caminho das pedras, mas o amor às pedras que existem em todos os caminhos.
O verdadeiro professor é um inspirador.
Suas aulas são poéticas, proféticas.
Não hipnotizam, acordam. Não cansam, desafiam. Não anestesiam, fazem refletir.
O professor inspira confiança, inspira o desejo de chegarmos a ser deuses.
O professor do futuro torna o futuro mais real que a banal ilusão... desilusão que alguns chamam de realidade.

Matéria publicada no site Intervox - Gerado automaticamente pelo sistema WWWVox - Projeto DOSVOX - NCE/UFRJ
Matéria publicada em 01/09/2002 - Edição Número 37

10.2.08

Professores e Professauros



Para refletir:


A aula expositiva é uma maneira de se ministrar aula, mas não e não pode ser a única maneira. Se um profissional não concebe situações de aprendizagem diferentes para se respeitar diferentes estilos de linguagens em seus alunos e se as aulas que ministra não fazem do aluno o centro do processo de aprendizagem, o que a ele se está impingindo com o nome de aula não é aula verdadeira. Uma das formas de se identificar professauros transvestidos em professor é buscar saber quantas situações de aprendizagens conhece e aplica e aferir se nas mesmas é o aluno que aprende e não o professor que finge que ensina.” (ANTUNES, Celso. Professores e Professauros. Petrópolis: Vozes, 2007)

30.1.08

CANÇÃO ÓBVIA






Escolhi a sombra desta árvore para
repousar do muito que farei,
enquanto esperarei por ti.
Quem espera na pura espera
vive um tempo de espera vã.
Por isto, enquanto te espero
trabalharei os campos e
conversarei com os homens
Suarei meu corpo, que o sol queimará;
minhas mãos ficarão calejadas;
meus pés aprenderão o mistério dos caminhos;
meus ouvidos ouvirão mais,
meus olhos verão o que antes não viam,
enquanto esperarei por ti.
Não te esperarei na pura espera
porque o meu tempo de espera é um
tempo de quefazer.
Desconfiarei daqueles que virão dizer-me,:
em voz baixa e precavidos:
É perigoso agir
É perigoso falarÉ perigoso andar
É perigoso, esperar, na forma em que esperas,
porquê êsses recusam a alegria de tua chegada.
Desconfiarei também daqueles que virão dizer-me,
com palavras fáceis, que já chegaste,
porque êsses, ao anunciar-te ingênuamente ,
antes te denunciam.
Estarei preparando a tua chegada
como o jardineiro prepara o jardim
para a rosa que se abrirá na primavera.
Paulo Freire

Genève, Março 1971.
In: Freire, P. Pedagogia da Indignação. São Paulo: UNESP, 2000.




19.1.08

Texto Interessante



"Este endereço possui um texto, para reflexão de como o professor pode orientar o aluno a pesquisar e a utilizar os recursos tecnológicos com inteligência e criatividade, garantindo o ensino-aprendizagem de qualidade. "

17.1.08

Ano Novo 2008



" Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito.Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e, principlamente, viver!" Dalai Lama



Um Ano Novo muito feliz para todos!!!